VIDEO DESTAQUE

28 junho 2012

Gonzaga - De pai para filho (Promo Oficial)



O filme “Luiz Gonzaga, de Pai para Filho”, dirigido pelo diretor Breno Silveira, conta a história do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
No filme, Gonzaga é interpretado pelos atores Land Vieira, Nivaldo de Carvalho (Chambinho) e Adelio Lima em diferentes fases da vida. Gonzaguinha, filho do cantor, é interpretado pelos atores Alisson Santos, Juliano Andrade e Jean Carlos de Tommasio.
As filmagens do longa-metragem começaram em 11 de dezembro. Foram gravadas cenas em cidades da Bahia, Pernambuco, Ceará, Recife, Rio de Janeiro e em Passo Quatro - MG. Segundo Silveira, o longa não retrata apenas uma biografia do artista, mas sim a relação distante e por vezes difícil entre Luiz Gonzaga e o filho, o cantor Gonzaguinha.
"Aqui Gonzaguinha conta a história de Gonzagão, a história da vida dele, de como ele começou, da saída dele do Nordeste, dos amores que ele viveu, da chegada ao Rio de Janeiro, da vinda dele para Minas, conta essa bonita história de pai e filho e a história de um cara que saiu do nada e se tornou o Rei do Baião, o nosso primeiro grande artista pop", conta o diretor.
De acordo com Silveira, o projeto era antigo e ele chegou a desistir, até que recebeu uma caixa de fitas contendo entrevistas de Luiz Gonzaga e o filho. O conteúdo das fitas chamou a atenção dele porque era de cunho pessoal. Nas gravações, Gonzaguinha questionava quem era o próprio pai. "Nessas fitas Gonzaguinha entrevista o pai e elas me comoveram muito. Então eu estou pegando essas fitas e recriando tudo o que Gonzaga foi contando", completa.
O filme faz homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga, que morreu em 1989 e que se estivesse vivo completaria 100 anos neste ano. Gonzaguinha morreu em 1991, aos 45 anos, em um acidente de carro. A previsão é de que a produção possa estrear em outubro nos cinemas.


10 junho 2012

MELODIAS DO SERTÃO - Análise da música Estrada de Canidé

A próxima canção da série “Melodias do Sertão” é a canção escrita por Luiz Gonzaga e seu fiel parceiro Humberto Texeira, Estrada de Canindé. A música se refere a Canindé, um município brasileiro do estado do Ceará, localizado na microrregião do Canindé, mesorregião do Norte Cearense. A cidade é famosa por suas romarias, nela se festeja uma das mais antigas festas religiosas do Brasil: a Festa de São Francisco das Chagas.
Abaixo a letra e o vídeo da música: 

Estrada de Canindé – Luiz Gonzaga 

Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é Uma estrada e uma cabocla
Cum a gente andando a pé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé
Artomove lá nem sabe se é home ou se é muié
Quem é rico anda em burrico
Quem é pobre anda a pé
Mas o pobre vê nas estrada
O orvaio beijando as flô
Vê de perto o galo campina
Que quando canta muda de cor
Vai moiando os pés no riacho
Que água fresca, nosso Senhor
Vai oiando coisa a grané
Coisas qui, pra mode vê
O cristão tem que andá a pé.

Na música há uma grande presença da linguagem regional Nordestina. Vários termos fazem com que a canção se torne simples e fácil, adaptando a mesma à realidade local.
No campo social da melodia retrata um Nordeste pobre economicamente. A baixa renda per capita é exorbitante e faz com que seja luxuoso andar em burrico. Por outro lado Luiz consegue balancear, pintando na canção não só a parte aparentemente negativa, mas também as belezas de uma região banalizada e esquecida pelo país.
Literalmente dissertando no trecho: “... Quem é rico anda em burrico, quem é pobre anda a pé. Mas o pobre vê na estrada, o orvalho beijando a flor, vê de perto o galo-de-campina, que quando canta muda de cor. Vai moiando os pés no riacho que água afresca Nosso Senhor. Vai oiando coisa a grané, coisa qui pra mode ver, um cristão tem que andar a pé.” O pobre, ao ter que andar a pé, vê coisas bonitas, embora ninguém queira ser pobre. Assim o velho Lua traz a pergunta o que é ser pobre? A resposta é a descoberta da essência do pobre. “POBRE” economicamente, mas “RICO” por poder ver a vida da maneira que ela realmente é em sua beleza natural, por poder antes de tudo ser feliz. E assim, através da estrada de Canidé Luiz consegue retratar as desigualdades sociais. 

Por : Jobson Brunno

MELODIAS DO SERTÃO – Análise da música Paraíba

O blog “O véio macho” tem sua origem no estado da Paraíba, e como não poderia ser diferente , equipe ufanista decidiu homenagear a letra, fazendo desta a primeira da série “MELODIAS DO SERTÃO”. Pode não parecer, mas a canção tem uma carga histórica fantástica, a uma letra encomendada, uma obra eternizada na voz do Velho Lua.

Confira abaixo a letra e o vídeo da canção composta por Luiz Gonzaga e Humberto Texeira.
Paraíba - Luíz Gonzaga

Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando o Ribação de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô

Eita pau pereira
Que em princesa já roncou
Eita Paraíba
Muié macho sim sinhô

Eita pau pereira
Meu bodoque não quebrou
Hoje eu mando
Um abraço pra ti pequenina

Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô

Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando arribação de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora 
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina

Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Eita, eita.


A obra vista a partir de diferentes pontos de vista pode ter diversas interpretações. Para entender a obra é necessário viajar pelo contexto histórico da década de 30.

Na época, foram candidatos Getúlio Vargas a presidente e João Pessoa a vice. O voto era aberto. De um lado o livro de Júlio Prestes e do outro estava o de Getúlio. E se houvesse alguém capaz de trocar os livros de votação, esse seria punido pelo Coronel de plantão que alí estava para manter o chamado “voto de cabresto”.
Quando as eleições foram apuradas, Júlio Prestes foi eleito, e diante do fato, João Pessoa disse a Getúlio que se não lutassem pelo voto secreto, jamais o Partido Liberal se tornaria governante. Teriam que partir pra luta de qualquer jeito. Getúlio perguntou: “Como? Sem armas?” E João Pessoa o convenceu de que usariam nem que fosse bodoques, pedras, estilingues, paus, etc., mas que não deixassem de lutar. Então o verso: “seu bodoque não quebrou” queria mencionar a determinação de João Pessoa em brigar de qualquer forma. “Hoje eu mando um abraço pra ti, pequenina. Paraíba masculina, mulher macho sim senhor”. E, “Mulher macho” se refere ao Estado, pequenino, feminino, pois “A” Paraíba é um dos Estados do Brasil no feminino.
Assim, por ter sido João Pessoa, um paraibano, quem fomentou essa revolução de 1930, Humberto Teixeira fez a música “Paraíba” e Luiz Gonzaga gravou. Na década de 50 dizem que essa música foi encomendada pela campanha de Argemiro de Figueiredo e Pereira Lira. De qualquer modo o que importa é que acima de tudo foi uma homenagem a um Estado pequeno que impulsionou a nação inteira por mais justiça a favor do povo trabalhador. No entanto, por um equívoco de interpretação, provavelmente do Gonzagão ou de seus produtores, foi acrescentada a frase num tom brincalhão: “Vai pra lá, peste!”, e isso causou uma reação, um impacto na mensagem passada, induzindo a um tema sobre a sexualidade das mulheres paraibanas, disvirtuando por completo o contexto histórico e político que Humberto Teixeira queria mostrar.
Sobre a obra ainda podemos destacar o fato do termo Paraíba Mulher Macho, decorrer entre outros da guerra de Princesa Isabel, cidade paraibana distante 430 KM da Capital, ocorrida em 1930 quando do apoio de João Pessoa a Getúlio Vargas o governo central passou a perseguir o Estado e houve verdadeira guerra. Nessas situações os soldados abusam das mulheres e as de Princesa Isabel (cidade do estado da Paraíba) se armaram de Pau e PEDRA E SE DEFENDERAM BRAVAMENTE DOS OPRESSORES DAI A FRASE DA MÚSICA “Eita pau pereira que em Princesa já cantou. Eita, Paraíba mulher macho sim senhor”.
Por outro ângulo podemos analisar a canção levando em consideração uma época de seca em que o fenômeno êxodo rural está em auge. Assim o retirante nordestino, quando no período seca no sertão, vai para a grande metrópole em busca de melhores condições de trabalho, muita vezes, deixando pra trás esposa e filhos. Portanto, as mulheres precisavam trabalhar para manter a família, se comportando como “mulher macho”, suportando as condições da seca e da fome, lutando pela própria sobrevivência e pela sobrevivência dos filhos, chefiando a família enquanto aguardavam a volta de seus maridos.
É de se reconhecer a importância da fantástica obra de Luiz Gonzaga, que parece simples e ingênua, entretanto com inúmeros e valiosos significados, contando as histórias politicas e sociais da terra, comportando-se como verdadeiras MELODIAS DO SERTÃO. 

Por: Jobson Brunno

Luiz Gonzaga


Confira abaixo um resumo da fascinante obra e vida do Advogado do Nordeste.
Quando criança, Luiz Gonzaga, nasceu escutando o som da sanfona do seu pai, Januário José Santos Filho e também de Ana Batista de Jesus que era agricultora e dona de casa. Desde sua infância se interessou pelo instrumento, e portanto ajudava seu pai, tocando zabumba em festas, tanto religiosa como feiras e forros.
Em 1930 serviu o exercito como voluntario, na época já era reconhecido como sanfoneiro. Depois de muitas batalhas foi morar no Rio de janeiro, onde começou a tocar nos mangues, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas. A partir de então, começou a participar de programas de calouros em vários programas radiofônicos, gravando disco como sanfoneiro.
Prosseguiu em programas de rádios, trabalhou na Rádio Clube do Brasil. Em 1943, já na Radio Nacional, começou a se vestir como vaqueiro nordestino, e iniciou a parceria com Miguel Lima que fizeram bastante sucesso: “Dança Mariquinha”, “Penerô Xerem” e “Dezessete e Setecentos” alem de “Cortando Pano”. No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira onde eternizou o ritmo do baião apresentado nas músicas que tinha o tema da cultura nordestina.
No ano de 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, filho com a cantora e dançarina Odaleía. O Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, com novos ritmos, como a bossa-nova, sem perde a popularidade. Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso, gravando com Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento. A sua dupla com Gonzaguinha deu certo, fizeram shows por todo o país com “A vida de Viajante”, passou a ser chamando de Gonzagão. Quatro anos depois, em 84 recebeu o primeiro disco de ouro com “Danado de Bom”. Apresentou duas vezes na Europa, e começaram a surgir livros sobre o homem simples, e às vezes, até ingênuo que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.

Por: Cleyton Valença

Luiz Gonzaga no vestibular

 
Coronelismo, seca, cangaço. Inúmeros são assuntos relacionados ao Nordeste brasileiro que podem ser explorados nas provas de vestibular. O tema fica ainda mais evidente em 2012, ano em que se comemora o centenário de Luiz Gonzaga. E é pensando nisso que o tema tem sido incluso nos cursos pré-vestibulares e “aulões” que constituem ensaios para as provas chaves das universidades.
Um exemplo foi O Lógico Cursos Aliados, especialista em preparação de vestibulandos, que ofereceu aos seus alunos uma aula especial sobre o tema no dia 27 de maio. A aula dialogada envolveu as disciplinas de História e Geografia, como explica o professor e História, João Maria Fraga. “A aula dialogada consiste numa aula em que o aluno saiba previamente o que será estudado, sendo o professor o mediador, para que os alunos opinem, interpretem e discutam o assunto em pauta, ou seja, com a participação total dos estudantes”, ensinou.
Segundo o educador, a temática “ 100 anos de Luiz Gonzaga – A invenção do Nordeste” abriu um leque de diversos assuntos a ser debatidos pelos estudantes. Além de ter levado a obra musical do artista para os jovens, João Fraga destacou ainda o legado histórico-regional do compositor: “Gonzaga mostrou o Nordeste para o Brasil, suas composições e seus trajes sempre retrataram nosso povo, especialmente o sertanejo. “Inúmeros são os temas que podemos “extrair” de suas letras como o cangaço, a seca, o coronelismo, a chegada do retirante nordestino no sudeste, entre tantos outros.”,
 relatou o professor do Lógico Cursos Aliados.
A aula foi gratuita e exclusiva para os alunos da Instituição. Elas reuniram centenas de estudantes dos quais sentiram-se realizados por conhecer de forma mais intensa a vida de um homem tão singular não só para o Nordeste, mas também para o Brasil. 
As inscrições poderiam ser feitas na secretaria com 2 pacotes de leite em pó.

Por: Alana Souza.

Cultura Nordestina


O complexo regional do Nordeste apresenta grande diversidade cultural, 
composta por manifestações diversificadas. 
As festas Juninas representam um dos elementos culturais do povo nordestino, em que, consistem numa homenagem a três santos católicos, o Santo Antônio, São João e São Pedro. A culinária do Nordeste é bem diversificada e destaca-se pelos temperos fortes e comidas apimentadas. A Literatura de Cordel é uma das principais manifestações culturais nordestinas, consiste na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, sobre os m ais variados assuntos. Para os nordestinos, a literatura de cordel representa a expressão dos costumes regionais. O artesanato é muito variado, destacam-se as redes tecidas, as garrafas com imagens produzidas de areia colorida, rendas entre outros. O Reisado é uma manifestação cultural introduzida no Brasil colonial, trazida pelos colonizadores portugueses. É um espetáculo popular das festas de Natal e reis, cujo palco é a praça pública, a rua. No Nordeste, a partir di dia 24 de Dezembro, saem os vários reisados, cada bairro com o seu, cantando e dançando. 
Esses são alguns elementos culturais da região nordestina, que ano após ano, recebe milhares de turistas a fim de apreciar essa cultura.

Por: Alysson José

31 maio 2012

Ô véio Macho.

É uma nação dentro de um grande país. Um grande povo dentro de outro maior. Nesse nó que não desata, nem destina, eis a nação nordestina, que quando vestida de reino é comanda por Luiz Gonzaga,
 o Rei do Baião.
O homem, a lenda, o nome. O velho Lua, foi muito mais do que um interprete e compositor, em suas letras conseguiu reinventar com suas canções uma região ainda desconhecida, o interior Nordestino. A primeiro passo advogando o sertão mostrou que o mesmo não se resumia aos relatos de Euclides da Cunha, as histórias do Cangaço, e a seca. Luiz, deu a região novos significados dos quais o principal foi a cultura e deletou ao menos parte de uma visão extremamente negra do próprio Brasil sobre todo o nordeste.
Além disso, deixou um grande legado para música mundial, e é por isso que sua melodia é tema de discursões de famosas universidades mundiais, e citada, estudada na cidade europeia Paris.
Assim ele tatuou sua marca em nossas memoria, em nossas vidas. Reinventou, defendeu e pintou o Nordeste. Eis então o nosso véio macho, o homem que respeitou Januário, mas que acima de tudo respeitou o NORDESTE, o nosso advogado, o rei, LUIZ GONZAGA.


Por: Jobson Brunno.